31 de ago. de 2011
O DEUS CAOLHO...
Ele tinha longos cabelos e barbas de cor prateada. Usava um cajado e um chapelão de bico cônico. Não, não se trata do mago Gandalf, o Cinzento, de O Senhor dos Anéis. O deus Odin - pois é dele que estamos falando - tinha um aspecto amedrontador, ao contrário do benigno personagem criado por J.R.R. Tolkien. Odin estava mais para líder de gangue de motoqueiros. Era alto e forte como um gigante. De feições pétreas, tinha um olho só. Reza a mitologia nórdica que o deus, num arroubo de macheza (ou insensatez, dependendo), arrancara o outro olho com as próprias mãos. A sua "Harley-Davidson" era um cavalo cor de fogo, Sleipnir, um possante monstrengo de 8 patas. Odin era o senhor dos deuses nórdicos.
Em Asgard, a Terra dos Deuses, todos o tratavam com respeito e deferência. Todos, menos o endiabrado Loki. Apesar da origem divina, Loki provocava consternação em Asgard, e ninguém entendia por que raios Odin não mandava enforcá-lo. As más línguas diziam que os dois eram irmãos. O cavalo Sleipnir havia sido presente do capetinha. Certo dia, porém, Odin estava fazendo mágica - seu hobby - e, entre risadinhas maliciosas, Loki disse que aquilo era coisa de mulher. Pra quê! Odin, enfurecido, moeu Loki de pancada. A mitologia e a religião dos vikings - povos de origem germânica que povoaram o norte da Europa, principalmente as regiões da Suécia, da Noruega, da Dinamarca e da Islândia - são mescladas de elementos de encantamento e violência, com uma pitada de fatalismo. "É uma fé não-revelada, sem uma data histórica de começo", diz o professor Johnni Langer, que leciona história medieval na UFMA e é o autor de Deuses, Monstros, Heróis: Ensaios de Mitologia e Religião Viking.
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