13 de out. de 2011

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Era tarde de uma bela e fria noite de inverno. Uma jovem moça acordará novamente assustada com um de seus muitos pesadelos rotineiros. Como não conseguirá pegar no sono novamente, decide caminhar pela casa, como nada parecia interessa-la, resolveu então, parar para observar o céu que naquela noite estava tão bonito, reparara também que a lua estava mais brilhante do que jamais haverá visto, ficou admirada com a beleza de tal, naquele momento, e com um leve brilho nos olhos, sem controlar, dera um leve sorriso de aprovação. Começou a perceber como simples coisas cotidianas perderá muito o valor, pelo simples fato de as pessoas não dessem a devida atenção por terem aquilo e nunca perderem ou sentirem falta de algo tão belo e esplendido. Em meio a tantos pensamentos começou a se dar conta que não eram apenas coisas comuns que não recebiam a verdadeira atenção e momentaneamente sem ainda saber o porquê sentirá um forte aperto no coração e por alguns segundos ficará sem ar, decidiu pegar um banco que pairava em sua varanda para acomodar-se. Logo, quis entender o porquê de tal reação, respirou fundo, admirou mais uma vez a lua e pensou consigo mesmo que talvez a explicação óbvia para aquilo, era a falta de pessoas que haviam sido tão queridas em sua vida. Novamente sentiu um vazio em seu coração. Quis saber por que então se afastará de tal maneira de pessoas que um dia a fizera tão bem, que precisava fazer alguma coisa para resolver aquela situação parou por alguns segundos e perceber que já era tarde demais, preferiu então pensar sobre isso em outra ocasião e foi deitar-se em sua cama. Acomodou sua cabeça em dois travesseiros, se cobriu e, sem sono, ficou a fitar o teto. Olhou para o lado direito e para o esquerdo, acomodou-se, mais uma vez, sua cabeça no travesseiro e sentiu uma pequena briza gelada em seu peito. Colocou sua mão sobre o mesmo. Como se fosse um trailer, assistiu a cada despedida indesejada e como se fosse uma prova, viu o porque de cada Adeus. Foram palavras cuspidas ao vento, abraços nunca dados e olhares trocados nas horas erradas. Atormentada com tantas lembranças, comprovações e diante a seus próprios erros, a insônia a dominava. Baixinho ela sussurrou “Antes os pesadelos de olhos fechados, do que de olhos abertos”, em seguida bateu três vezes em sua própria boca e disse, novamente, para si mesma “Pare de besteira, você tem um dia inteiro pela frente”. Ela se virou, fechou os olhos e em sua mente apareceu cada aceno. Apareceu alguns sorrisos, risadas e algumas brincadeiras. Sem perceber, em sua face rolava uma lágrima quente, de despedida, de saudade … Um pingo de nostalgia em seu coração caiu, o suficiente para ela se derramar em lágrimas. Sem saber o porque de tudo aquilo, ela só percebia que seu coração continuava a doer e mais uma vez, foi observar a noite fria. Cada estrela parecia carregar o olhar de pessoas que a faziam sorrir, ela involuntariamente sorriu ao lembrar de cada rostinho que pensou, um dia, que permaneceria em sua vida para sempre. Apoiou seu queixo em sua mão e olhando as folhas secas da árvore murmurou algumas piadas trocadas no tempo de colégio, riu sozinha. Apoiou sua cabeça no batente da janela, suspirou fundo e pensou consigo mesma que cada dia daqueles intermináveis dias, valeram a pena. E que cada gesto feito agora, fará os seus últimos dias valerem também.

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