16 de out. de 2012

E eu, tão estranha, tão incerta, tão insana, certa de que entendia a vida, venho a descobrir que não é como eu pensei. Logo eu, tão esquisita, tão esquecida de mim mesma, tão desligada da vida, tão sonhadora, disposta a fazer da vida uma festa, mas uma festa particular. E eu, que sou tão confusa, tao invisível, tão indecisa, tão… tão eu. E eu, que sou tão idiota, que tropeço nas respostas, logo eu. Logo eu, que sei que não sou desse mundo, que tento manter o pé no chão, enquanto a cabeça está nas nuvens, logo eu, que fico acordada de madrugada, ouvindo o som da estrada, pensando no nada. É que me acho muito complicada quando na verdade a complexidade é mais um elogio. É que talvez eu seja um pouco difícil de entender, porque logo eu, que sou problemática demais, complicada demais, só que sozinha demais. Talvez eu seja indecifrável demais. Logo eu, que ando na chuva, olho para as estrelas já pensando na lua, faço desejos chutando pedras na rua, que não faço sentido e não ponho sentido em nada. Talvez nada tenha sentido. E se nada tiver sentido, talvez eu seja o nada. Ou eu sou o tudo? Eu sou toda errada, mas tenho chances de dar certo

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