8 de out. de 2012
Hoje renasci das cinzas e me tornei metáfora da própria dor. Perdi a sensibilidade que me assolava e desaprendi a voar. Bebi as lágrimas como uma bebida forte e me embriaguei na minha própria desgraça. Hoje bate em meu peito o eco do que já fui um dia, me espelho nas sombras da minha agonia. Quem sou não reconheço mais, não resta sombras da infância voraz. Hoje morri e abri os olhos, encontrei ao mesmo tempo o inferno e o paraíso, e ainda não escolhi meu destino. Algo aqui dentro parou de estalar. Meu hálito tornou-se frio, minha voz rouca, meus gritos mudos. Mudo, constantemente, quase nunca para a melhor. Fui pássaro e sofri grande queda. Fui livre e perdi a esperança. Eu não sei mais voar, quem dirá amar
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